milho verde em pão romeu e julieta

nunca destrate um pão romeu e julieta (pão de forma com geleia de goiaba e queijo) acrescentando o impostor milho verde.

apesar de milho verde casar bem em tudo, lá não tem vez.
a começar da cor. o amarelo do milho não combina com o vermelho e branco do casal adocicado.
além da estética, o m.v. fere a linearidade dos gostos.
no meio da doçura do casal-julieta-e-romeu tem-se o salgado do amarelo do milho.
se consumi-lo de garfo e faca então... todos os milhos vão ter vida própria e pular do prato. mais trabalho.

da próxima vez não enfio a colher em coisa de marido e mulher.
guardarei os milhos verdes, amarelos para outros pratos.

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guaraná de açaí

guara-ton.
guaraná sem tom. 
eu não gosto de guaraton por muitos motivos:
o primeiro porque nunca sei escrever, sempre recorro ao google.
depois, porque tem cor de terra suja.
deveria cumprir o dever de tirar o sono, mas não o faz.
seu gosto é traiçoeiro: bom no início e péssimo no final.

a maioria das vezes que escolho bebê-lo é por exclusão.
não tem isso, aquilo e, pronto, tem guara-ton.
sempre crio a expectativa de que será diferente, mas não é.

sempre que consumo, bebo tudo de vez.
com intenção de fazer da bebida um só gole, para o sofrimento ser de uma só vez.
da próxima vez, não vai ter vez para você, gua-ra-ton. aguado de bom!

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degustado, desgostado

como sempre, não gostei.
de tanto cometer o pecado de deixar o pão pela metade,
o suco no resto do copo,
o bolo diferente no prato.

anotar os desgostos é um lembrete para meu apetite.
verdadeira casa de reputações. lembretes desgostados.

desculpem as marcas, as citações e as possíveis metáforas:
não tem jeito, os produtos, mesmo industrializados, estão com dias de fama contados.
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